quinta-feira, 12 de julho de 2012

Das Parfum

O que seria do mundo sem seus perfumes? O odor que o corpo de cada um de nós exala é único. As nossas essências nos distinguem nos provocam sensações, atraímos e somos atraídos por elas. O que seriamos nós sem os nossos perfumes?
    
O perfume: a história de um assassino é uma obra do autor alemão Patrick Suskind que foi levada ao cinema em 2006 com os esforços do produtor Bernd Eichinger e direção de Tom Tyker. A narrativa é sobre Jean-Batiste Grenouille um órfão que possui um olfato sobrenatural capaz de sentir e identificar odores todos os tipos mesmo a longas distâncias. Ao mesmo tempo em que esse dom o torna especial, também o faz marginal perante a sociedade, pois ninguém consegue demonstrar afeto a ele, que não exala nenhum cheiro. Ele nasceu e cresceu na sujeira e fedor da Paris do século XVII onde, para esconder o fedor, mestres perfumistas criavam as mais deliciosas fragrâncias.
      

Sua vida no meio da miséria e exploração é alegrada pelos cheiros que sente. Quando encontra um odor magnífico que supera tudo que já havia vivenciado, tenta capturá-lo de modo a nunca esquecê-lo. Mas apesar do talento, o jovem não possuía a técnica de conservação das essências. O conhecimento natural dos odores faz Grenouille ser capaz de reproduzir e melhorar qualquer perfume produzido. Com isso ele entra em acordo com o perfumista decadente Baldine que, em troca dos perfumes que lhe renderiam fama e dinheiro, ensinaria o jovem as técnicas de extração e conservação de essências além da composição dos perfumes.
Ao descobrir que era tão rejeitado por não possuir um odor próprio, ele decide elaborar uma fragrância para si. A obsessão em criar o perfume que expressaria a beleza absoluta, através do qual finalmente seria aceito e amado, acaba por levá-lo a expressar sua sociopatia. Não se importando com as conseqüências, ele faz de tudo para extrair as mais belas essências que encontra não importa de onde venham ou do que precise fazer para consegui-las, deixando pelo caminho um rastro de mortes.
Quando vi esse filme, achei a história extraordinária. Não é a toa que o livro é considerado como um dos mais importantes da literatura alemã. Tempos depois de ver o filme, um amigo conseguiu comprar uma cópia do livro no sebo e me emprestou. O devorei! A obra é muito bem escrita e detalhista de maneira a levar o leitor a sentir os odores como Grenouille e pensar como a nossa opinião das pessoas e do mundo está ligada diretamente na maneira que estes sensibilizam os nossos sentidos.
Gostei tanto que cacei o livro até conseguir comprá-lo num sebo na bienal do livro. Li mais uma vez e vi o filme tantas outras. Sabe o que eu percebi? Essa é uma das melhores adaptações para o cinema que já vi. O filme é muito fiel ao livro e consegue transpor as descrições textuais do autor em uma forma visual expressiva.
        
Então se você procura um suspense/terror diferente e bem feito, o filme e o livro estão recomendadíssimos. Só um aviso: a história pode parecer um pouco macabra para as pessoas mais sensíveis.
        
Porque você não confere e depois me conta o que achou?

4 comentários:

  1. Realmente tem muitas morte segui seu conselho li o livro e fui assistir ao filme, ambos muito bons.

    ResponderExcluir
  2. ola - já estacionei aqui em seu espaço, porque ele é vivo e você tem demonstrado um cuidado especial por ele. parabéns pelo cuidado que tem tido com ele.ótimo conteúdo. prossiga investindo nele. abraços lamarque

    ResponderExcluir

Diz aí o que você achou...